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domingo, 28 de junho de 2015

Walter White fofinho

Continuando minha a saga pelo mundo das esculturas...

O mesmo cliente que fez a encomenda do Harry Potter também fez encomenda do Walter White, que até então eu não fazia idéia que personagem é esse (woow que desafio). Só sabia que era um personagem do seriado americano Breaking Bad...então...lá fui eu começar a assistir o tal seriado, pois acho que a arte de modelar e esculpir se resumo no seguinte: não adianta modelar por modelar! é preciso colocar emoção naquilo que você está modelando/esculpindo e conseguir transmitir essa emoção às pessoas através da sua arte (pelo menos eu sou assim). Eu penso que o público precisa olhar a sua peça e expressar algum tipo de emoção positiva, aí sim eu acho que você pode dizer que obteve êxito no resultado! Caso contrário...treine mais.

Então vamos a breve resumo: Quem é Walter White?



Em Breaking Bad (tem a temporada completa no netflix) Mr. White é um professor de química é diagnosticado com câncer no pulmão e, por causa do prognóstico fatídico (afinal ele teria pouco tempo de vida), resolve fabricar metanfetamina a fim de deixar uma herança para a família. Surpreendentemente, Mr. White obtém êxito e “sua marca” fica conhecida nos Estados Unidos e em parte da Europa. Confesso me emocionei e me apaixonei com o desenrolar da história (só assistindo para entender exatamente o que digo).

Apesar da série tratar de assunto super delicado (o tráfico de drogas), podemos nos presentear com a mensagem que personagem nos transmite sobre negócios....

1: Tenha uma visão
Não importa o tamanho de seu negócio, tenha confiança no que você faz e no futuro da sua idéia. Veja o exemplo do Netflix, que sempre se tratou como uma empresa de vídeos via streaming antes mesmo da tecnologia se consolidar.

2: Pontos fortes e extensão de negócios
Desenvolva um produto que foque em seus pontos fortes e, após estabelecê-lo num local, estenda seu mercado. O Google, por exemplo, comprou Motorola para ampliar sua posição de marca relacionada à entrega de informações em dispositivos físicos.

3: Equipe seus vendedores
Ter uma equipe de vendas comprometida com sua estratégia e idéia é essencial!

Em resumo, Sr. White teve uma visão de futuro, focou em seus pontos fortes (afinal, entendia de química) e conseguia impor sua visão de produto sobre seus parceiros de negócio, mesmo quando era questionado pelo alto preço que pedia para cobrarem do consumidor final. Ele tinha o aval de sua própria competência para fazê-lo, afinal, a qualidade de sua metanfetamina era maior que as que estavam no mercado.

E agora....pensando em artes, em modelagem, esculturas....que tal se inspirar nas estratégias de Mr. White e mãos à obra!! Afinal....o mundo de esculturas é uma mina de ouro sim (como diz o artista Igor Gosling em um vídeo do youtube)...basta ter foco! ;)






Harry Potter fofinho

Olá pessoal,

Hoje vim mostrar à vocês como estou me saindo na modelagem de personagens fofinhos. Harry Potter é meu primeiro toy art baseado em personagem de filme, confesso que deu um pouco de trabalho mas gostei muito do resultado porém ainda tenho muito o que aprender. Mas a idéia era criar um bonequinho fofo baseado em personagem humano, além disso a escultura depois de pronta pode atender desde o público infantil (ex. topo de bolo) ao público adulto (ex colecionadores, decoradores...).
Eu particularmente gosto muito do Harry e com certeza vou modelar outro desse para fazer parte da minha coleção pessoal de esculturas :)



Harry Potter fofinho modelado em porcelana fria.


Beijos

Keep walking


Voar: a eterna inveja e frustração que o homem carrega no peito a cada vez que vê um pássaro no céu. Aprendemos a fazer um milhão de coisas, mas voar… Voar a vida não deixou. Talvez por saber que nós, humanos, aprendemos a pertencer demais aos lugares e às pessoas. E que, neste caso, poder voar nos causaria crises difíceis de suportar, entre a tentação de ir e a necessidade de ficar.Muito bem. Aí o homem foi lá e criou a roda. A Kombi. O patinete. A Harley. O Boeing 737. E a gente descobriu que, mesmo sem asas, poderia voar. Mas a grande complicação foi quando a gente percebeu que poderia ir sem data para voltar.E assim começaram a surgir os corajosos que deixaram suas cidades de fome e miséria para tentar alimentar a família nas capitais, cheias de oportunidades e monstros. Os corajosos que deixaram o aconchego do lar para estudar e sonhar com o futuro incrível e hipotético que os espera. Os corajosos que deixaram cidades amadas para viver oportunidades que não aparecem duas vezes. Os corajosos que deixaram, enfim, a vida que tinham nas mãos, para voar para vidas que decidiram encarar de peito aberto.A vida de quem inventa de voar é paradoxal, todo dia. É o peito eternamente divido. É chorar porque queria estar lá, sem deixar de querer estar aqui. É ver o céu e o inferno na partida, o pesadelo e o sonho na permanência. É se orgulhar da escolha que te ofereceu mil tesouros e se odiar pela mesma escolha que te subtraiu outras mil pedras preciosas.E começamos a viver um roteiro clássico: deitar na cama, pensar no antigo-eterno lar, nos quilômetros de distância, pensar nas pessoas amadas, no que eles estão fazendo sem você, nos risos que você não riu, nos perrengues que você não estava lá para ajudar. É tentar, sem sucesso, conter um chorinho de canto e suspirar sabendo que é o único responsável pela própria escolha. No dia seguinte, ao acordar, já está tudo bem, a vida escolhida volta a fazer sentido. Mas você sabe que outras noites dessa virão.Mas será que a gente aprende? A ficar doente sem colo, a sentir o cheiro da comida com os olhos, a transformar apartamentos vazios na nossa casa, transformar colegas em amigos, dores em resistência, saudades cortantes em faltas corriqueiras?Será que a gente aprende? A ser filho de longe, a amar via Skype, a ver crianças crescerem por vídeos, a fingir que a mesa do bar pode ser substituída pelo grupo do whatsapp, a ser amigo através de caracteres e não de abraços, a rir alto com HAHAHAHA, a engolir o choro e tocar em frente?Será que a vida será sempre esta sina, em qualquer dos lados em que a gente esteja? Será que estaremos aqui nos perguntando se deveríamos estar lá e vice versa? Será teste, será opção, será coragem ou será carma?Será que um dia saberemos, afinal, se estamos no lugar certo? Será que há, enfim, algum lugar certo para viver essa vida que é um turbilhão de incertezas que a gente insiste em fingir que acredita controlar?Eu sei que não é fácil. E que admiro quem encarou e encara tudo isso, todo dia.Quem deixou Vitória da Conquista, São José do Rio Preto, Floripa, Juiz de Fora, Recife, Sorocaba, Cuiabá ou Paris para construir uma vida em São Paulo. Quem deixou São Paulo pra ir para o Rio, para Brasília, Dublin, Nova York, Aix-en-provence, Brisbane, Lisboa. Quem deixou a Bolívia, a Colômbia ou o Haiti para tentar viver no Brasil. Quem trocou Portugal pela Itália, a Itália pela França, a França pelos Emirados. Quem deixou o Senegal ou o Marrocos para tentar ser feliz na França. Quem deixou Angola, Moçambique ou Cabo Verde para viver em Portugal. Para quem tenta, para quem peita, para quem vai.O preço é alto. A gente se questiona, a gente se culpa, a gente se angustia. Mas o destino, a vida e o peito às vezes pedem que a gente embarque. Alguns não vão. Mas nós, que fomos, viemos e iremos, não estamos livres do medo e de tantas fraquezas. Mas estamos para sempre livres do medo de nunca termos tentado.

Keep walking.

Texto: "O alto preço de viver longe de casa - Ruth Manus"